Comecei a ler um livro que, a princípio, me interessou muito. A história era narrada pelo personagem principal, com um tom quase auto-biográfico. O que mais me contagiou foi a descrição de amor à vida e a todos os riscos inerentes a ela que encontram-se permeados por todo primeiro capítulo. Na saga do personagem principal havia sempre muita coragem e desprendimento, além de um desejo de enfrentar os desafios impostos pela vida àqueles que arriscam ir em busca da felicidade.
No entanto, meu contentamento foi inacreditavelmente desfeito no capítulo seguinte, exatamente no momento em que o personagem declara que todo o seu desprendimento pelos problemas cotidianos tinham um único motivo: o fato dele ter poucos meses de vida.
Fico me perguntando o seguinte: se todos somos mortais, ou seja, estamos predestinados à morte, porque alguns seres somente se permitem viver intensamente quando recebem um diagnóstico preciso de sua mortalidade?
Caros amigos leitores, lembrem-se, a vida não avisa quando ela vai se extinguir portanto...
OBS: Mesmo com toda minha falta de encantamento, insisto em terminar de ler o livro!